27 de out. de 2011

Na noite solitária


Em frente ao espelho
a janela da alma
reflete o sonho
colorido

Mão desliza sobre o véu

pele, lábios, olhos
cores delicadas, sonhos

Cerrada a porta

sorrisos longos
cantarolar alegre
busca incessante

Sorrisos, risos, gargalhadas

movimentos bruscos
delicadeza perdeu

De volta ao espelho

chove na mesma janela
reflete o cinza
escorre a tinta

Mãos puxam o véu

desnudam a alma
o grito sufocado
encurva-se ao chão

Adormece a bela

Morre o sonho
alimenta a fera
para outro fim
                        LStz