2 de mar. de 2012

E eu... numa súbita prepotencia

Conto as horas para repetir palavras
E o que é ternura voa no invisível
Sem som, sem tom, sem formato
Convence que o afeto contido
é sempre palavra repetida 
e numa súbita prepotencia me deleito
em versos julgando-os meus.
Espelho de meus atos, quebrado em dezesseiss partes
de valores iguais, cada um refletindo diferentes imagens
de incertezas, que dançam a minha frente
Conto as horas para repetir palavras
que irão transbordar meu rio, eu sei,
Somente as repito, sem som, sem meu tom, sem minha melodia.
LStz