18 de jun. de 2012

Disfarce



O que deseja não é o que faz. 
Sem sentido.
O que diz é disfarce.
Seu, meu disfarce! 
Amado disfarce.
Deixa viver sem o risco do ataque inédito.
Sonhar, sem perder a essência.
Serenidade que abriga a alma.
Um sossego que aquieta e acalma
ou quem sabe queime e incendeie.
Um amado disfarce.
Que faça forte para não sucumbir,
posto que a alma em chamas é frágil.
É doce.
É dia em que enxergas por dentro, 
derrete o gelo 
escorre à face.
É dia em que o tapete voou
poeira levantou
Olhos de espanto avermelham o céu.
Amado disfarce
Esvai-se devagar
Que o rancor não te roube lugar
Que a brandura se achegue mansinho
E antes do anoitecer já amara estar só novamente.
Lerá livros antigos
recordará dias com amigos
Redescobrira 
Seus desejos com sentidos, 
Revolucionará esse mundo caduco
E sem disfarces,
brandura e alma lavada 
Traduzirá
Singeleza 
Fragilidade perfeita.
LStz