14 de out. de 2013
11 de set. de 2013
PARA AÇÃO ILEGAL - REAÇÃO LEGAL
Quem aspira à tutela jurisdicional visando ao dano moral nos crimes contra a honra não deve ambicionar exclusivamente a uma indenização pecuniária, pois nenhuma valoração financeira extingue o malefício causado, e ficará valendo o dito popular: “não se juntará as plumas lançadas ao vento”.
8 de set. de 2013
MONTE de gente ALEGRE
Alegre de leveza no passo e fala mansa no ar.
Nos lábios sorriso farto, gargalhada tímida,
ombros largos que cabem um mundo.
Peito aberto, corpo fechado.
Nos olhos o céu límpido da consciência sem dor,
nos braços a força dos troncos,
nas mãos ágeis a brandura,
nos pés a segurança da terra.
Um altar que é pra todo mundo de paz.
É lá que a mesma mão traz a vida e a devolve à terra.
A cara da traquinagem escondida
sinaliza crianças brincando.
É perfume de paz.
Lacuna entre querer e não poder,
mas ainda assim fazer.
De tantas Marias que fazem,
esse Monte vai fazendo.
Árvores Marias cheias de graça, senhoras de si.
Bendita floresta do ventre livre,
rogai por todo delírio de quem te devastou
E sem piedade te plantou em outra terra.
São frondosas Árvores Marias
Que vão colorindo as danças,
tambores, flores, fogueiras
e todo o Monte Alegre de gente.
e todo o Monte Alegre de gente.
LStz
3 de set. de 2013
28 de fev. de 2013
Serenidade
Para encontrar um caminho não basta olhar de frente.Ao lado e para trás, insistentemente.Ir e voltar diversas vezes.Muitos caminhos percorridos e seus pés deixaram marcas.Observá-las.Dizer um "não" para uma oportunidade pode ser o inicio de um futuro "sim" para o crescimento.Quanta beleza tem dentro do dia, somam-se todos, cada um traz sua própria exuberância.LStz
28 de jan. de 2013
O Vigia
O
homem com as duas mãos agarradas ao portão de grades azuis, as minhas agarradas
ao volante.
No vidro os pingos fortes da chuvarada que cai.
Um dia cinza refrigerando a alma nesta terra tão quente. Notícias amargas de um domingo reflexivo.
A imagem do homem está lá.
Passará seu domingo ali,
sozinho, com seus pensamentos. No vidro os pingos fortes da chuvarada que cai.
Um dia cinza refrigerando a alma nesta terra tão quente. Notícias amargas de um domingo reflexivo.
A imagem do homem está lá.
Um carro para, o homem se levanta, o carro vai, nenhum movimento em sua direção.
Retorna a seu posto.
Senta-se olhando o nada.
Levanta-se ao surgir novo carro, espreita, espera, o carro vai, volta o homem a se sentar, as mãos agarram a grade azul como num abraço inanimado.
Outro carro. Os movimentos se repetem.
Continuo a poucos metros, parada, indecisa.
Esqueço o rumo que decidira tomar.
Observo o movimento lento a cada carro que entra no recuo para fazer retorno à cidade.
Quem sabe alguém parasse a se informar, quiçá alguém necessitando ajuda? Isso aliviaria a tensão daqueles braços agarrados à grade...
A visão da chuva caindo, o homem sempre pronto a atender, ninguém para.
Outros carros em movimento, tudo me faz retornar, passo devagar pelo homem que se levanta, agarra-se à grade, sempre a olhar.
Expectativas de romper o silêncio.
Sigo.
O vejo e me vejo através do espelho. Ele mira. Silenciosos.
A velocidade aumenta, admiro a chuva que agora é mansa.
Faço meu caminho de volta com o pensamento na expectativa solitária do vigia.
Ao retornar para os seus vai encontrar seu espaço, seu lugar, sua forma de viver, continuará silencioso acostumado àquele silêncio interior.
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